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Diversidade, Equidade e Inclusão em ONGs e OSCs do Terceiro Setor

O Terceiro Setor tem uma conexão próxima com temas do universo de diversidade, equidade e inclusão. Afinal, atua diretamente com temas sociais e suas interseccionalidades. 

Mas atuar com essas pautas não é garantia de promoção da inclusão. Como você verá abaixo, grande parte das organizações da sociedade civil sem fins lucrativos estão dando os primeiros passos em DE&I e enfrentam dificuldades para espelhar a diversidade do Brasil em seu quadro de pessoas colaboradoras. 

Não é uma tarefa fácil. Há uma limitação orçamentária e as lideranças, em grande parte, ainda não são sensibilizadas para diversidade, equidade e inclusão. Mas existem ações simples que podem ser adotadas desde já a fim de promover a temática dentro da organização. 

Neste artigo você entenderá o cenário de DE&I no Terceiro Setor e ações simples que podem ser adotadas por ONGs e OSCs que desejam ser mais inclusivas.

Como anda a diversidade no Terceiro Setor?

Você sabe como anda a representatividade de grupos minorizados no Terceiro Setor?  Confira o que dizem pesquisas recentes sobre a participação de pessoas negras, mulheres, pessoas com deficiência e outros marcadores sociais no setor.

Equidade de gênero e participação de mulheres no Terceiro Setor

As mulheres são maioria no Terceiro Setor, cerca 65% do total segundo o Mapa das OSCs, em algumas organizações representando ampla maioria.

  • 21% das OSCs contam com alta participação de mulheres em sua equipe, ou seja, entre 61% e 80% do total de pessoas colaboradoras. 
  • 19% das OSCs com participação muito alta feminina, com 80% ou mais do time sendo composto de mulheres; 

Entretanto, essa massiva presença não é refletida em cargos de liderança. 46% das OSCs analisadas têm baixa participação feminina em cargos de liderança: 

  • 17% das OSCs contam com baixa participação feminina em cargos de liderança (21% a 40% do total de mulheres em tais cargos). 
  • 20% têm participação muito baixa, com números inferiores a 20%.

Equidade racial e participação de pessoas negras no Terceiro Setor

O estudo Mapa das OSCs também apontou que pessoas negras são minoria nas organizações do Terceiro Setor: 36% apresentavam menos de 20% de pessoas negras no quadro de funcionários, enquanto 22% tinha entre 21% e 40% de pessoas negras no site. Ou seja, 58% tinha menos de 40% de talentos negros na equipe, número inferior a outros setores. 

O número foi semelhante a outro levantamento, desta vez da Associação Brasileira de Organização Não-Governamentais (ABONG). A associação apontou que 46% das pessoas que atuam em ONGs e associações da sociedade civil são negras. O estudo também identificou uma disparidade salarial: no Terceiro Setor, as pessoas negras ganham 27% menos que as pessoas brancas.

Aplicando o recorte de lideranças, em 2019, a desigualdade entre pessoas brancas e negras na função de diretoria chegava a 34%. E, quando observamos a série histórica de 2015 a 2019, é possível notar um aumento de 4,66% na presença de pessoas negras, o que vale também para outras posições de liderança, como gerência (2,55%) e supervisão (3,4%). Ou seja, os avanços ainda são tímidos.

Pessoas com Deficiências, indígenas e LGBTI+

Até a data da publicação deste artigo não encontramos pesquisas que avaliem a presença de outros grupos minorizados no Terceiro Setor. 

Recomendamos outras leituras sobre empregabilidade desses profissionais de forma geral. Elas podem colaborar para seu planejamento de Gestão da Diversidade em OSCs. 

Saiba mais

Quais ações de diversidade, equidade e inclusão no Terceiro Setor vêm sendo adotadas?

Quando falamos de ações práticas pela promoção da diversidade, equidade e inclusão, as organizações sem fins lucrativos começaram a movimentar-se.

O levantamento apontou que metade (50%) das OSCs têm alguma iniciativa específica para contratação de mulheres e pessoas negras. E 72%, possui uma ou mais ações

internas com foco em educação corporativa e  conscientização, como palestras e comunicações internas. 

Por outro lado, mais de 51% não adotam medidas e políticas específicas para que mulheres e pessoas negras ocupem cargos de liderança. E ⅔ não contam com canais

de denúncia anônima para casos de assédio ou discriminação.  

A partir desses dados, percebemos que grande parte das organizações ainda estão dando os primeiros passos em DE&I. Por isso, é hora de promover ações que gerem um ambiente seguro aos profissionais de grupos minorizados e promovam diversidade, equidade e inclusão de forma mais robusta. 

Conheça o Indicador da Diversidade, Equidade e Inclusão

Um programa de DE&I precisa ser baseado em um diagnóstico com base em dados e evidências. Dessa forma é possível atacar os maiores desafios da organização e comprovar o impacto gerado. 

Pensando nisso, criamos uma ferramenta gratuita para que você compreenda a fase em que está a sua organização na caminhada para a construção de uma cultura de Diversidade, Equidade e Inclusão.

O tempo de preenchimento é de cerca de 15 minutos. Em seguida, você terá um resultado para apresentar às suas lideranças.

Acessar o Indicador da Diversidade, Equidade e Inclusão

Lideranças capacitadas em DE&I

Em nossa mandala da cultura inclusiva, metodologia da Tree que guia nossa atuação em DE&I, você encontra a jornada para quem está começando a promover a diversidade nas organizações. 


Um passo inicial e essencial é o comprometimento das lideranças com o tema. Para além de serem aliadas dessa agenda, é importante que os(as) diretores e gerentes sejam educados(as) para letramento racial, vieses inconscientes e outros temas essenciais em DE&I. 

É somente com uma liderança engajada e consciente que DE&I será vista como uma agenda estratégica da organização. Para isso, abaixo você encontra duas oportunidades para formação de lideranças.

Trilha formativa para liderança

Trilha formativa em DE&I para lideranças, da Tree, conta com módulos básicos essenciais para líderes que precisam aprender sobre DE&I. 

  • Introdução à diversidade, equidade e inclusão nas organizações​
  • Vieses inconscientes: o que são e como romper com eles?
  • Comportamentos não inclusivos: da piada ao assédio
  • Privilégio, empatia e pessoa aliada
  • Liderança inclusiva como competência
  • Gestão e governança de organização diversa
  • Gestão estratégica e tática de DE&I
  • Eu, liderança inclusiva

Quero saber mais sobre a trilha formativa

Mentoria aberta e gratuita da Tree

A Tree conta com mentorias mensais que são abertas, gratuitas e com vagas limitadas. Elas abordam temas essenciais em Gestão da Diversidade e contam com um momento final para esclarecimento de dúvidas.

Elas não ficam gravadas para consumo posterior. Portanto, cadastre-se e acompanhe os e-mails da Tree, pois sempre avisamos sobre as próximas edições por lá. 

Quero participar das mentorias abertas

Desafios orçamentários

Outro desafio comum é a falta de orçamento para os projetos e ferramentas de DE&I, além de contratações de profissionais ou consultorias para a Gestão da Diversidade.

Pessoas alocadas dentro da organização

Quando o tópico é capital humano, é importante que tenha alguém na organização que olhe para isso, seja uma pessoa dedicada ou que olhe de forma parcial, seja uma consultoria parceira, como é o caso da Tree
Ao optar por uma pessoa ou time interno, garanta que essa pessoa tenha conhecimento em DE&I. Nesse sentido, a Academia Tree pode ser sua grande aliada na capacitação dessas pessoas.

Ações para projetos e ferramentas

Toda área estratégica da organização conta com um orçamento alocado. Com DE&I não pode ser diferente. É preciso que haja um orçamento, mesmo que pequeno, para a contratação de ferramentas ou realização de projetos. 

Em nosso portal de conteúdos você encontra uma série de ações sem custo, como elaboração de clubes do livro, por exemplo, que sua organização pode adotar. 

Além disso, sua organização pode promover um ciclo de palestras de sensibilização em DE&I. Para isso, desenhamos a Jornada da Diversidade. Com ela você contrata, de uma só vez, todo o ciclo de conteúdos para sua empresa no período de um ano. 

Ela conta com palestras atuais e ministradas por nossos consultores especialistas, onde  a sua organização escolhe apenas o tema das palestras conforme os meses temáticos da diversidade: Mês da Mulher, Mês da Consciência Negra, Mês do Orgulho LGBTI+, Mês da Pessoa com Deficiência, Mês da Diversidade Geracional e Mês da Visibilidade Trans.

Quero saber mais sobre a Jornada da Diversidade