Hoje em dia um negócio sustentável a longo prazo passa, necessariamente, por um política de Diversidade, Equidade e Inclusão.
Não se trata mais de um diferencial ou visão estratégica da empresa. A diversidade está contemplada nos planejamentos de ESG e é levada em conta até nos IPOs (abertura de capital para o mercado financeiro) das grandes organizações.
Saiba mais:
ESG e Diversidade: qual a relação?
Neste artigo, você entende porque diversidade e sustentabilidade devem caminhar juntas, além de conhecer algumas boas práticas para inserir a pauta dentro de toda a cadeia de valor da empresa.
Este artigo é introdutório. Se você já está no estágio de buscar por soluções concretas para os desafios da sua empresa, converse com nosso time de especialistas e encontre as soluções mais adequadas.
Sustentabilidade nas empresas: muito além do ambiental
Embora o termo sustentabilidade seja muito atrelado a aspectos ambientais, o meio ambiente é apenas um dos recortes possíveis.
Sustentabilidade significa atender às necessidades do presente sem comprometer as próximas gerações.
Nas empresas ela ganha o nome de sustentabilidade empresarial e contempla um conjunto de ações que visa:
- reduzir os impactos ambientais e instaurar um processo de logística reversa (reciclagem das matérias primas utilizadas e minimização dos danos ao meio ambiente);
- otimizar o caixa da empresa, gastando de forma mais estratégia e tendo maior consciência de onde o orçamento é alocado;
- gerar retorno para a comunidade, por meio de promoção ou apoio a projetos sociais locais; e
- corrigir distorções históricas e incluir grupos historicamente minorizados nos quadros de funcionários, fornecedores e stakeholders.
É justamente neste último tópico que a diversidade se encaixa.
Segundo a Universidade da Califórnia (UCLA), a sustentabilidade é a união dos três “E’s”, ou seja: Equidade, Economia e Meio Ambiente (Environment).
Diversidade é um dos caminhos para a redução de desigualdades
Para Letícia Rodrigues, sócia da TREE Diversidade, “há que se valorizar o fato das empresas publicamente fazerem gestões para corrigir injustiças históricas a limitar a participação de grupos sociais que, por processos históricos e sociológicos, foram relegados a papéis secundários, apesar de serem numericamente majoritários no caso das mulheres e das pessoas negras no contexto brasileiro.”
Portanto, o compromisso das empresas com a inclusão é uma resposta a uma sociedade desigual e com a busca por desenvolvimento da comunidade que está no entorno da empresa.
Como a diversidade contribui para a sustentabilidade a longo prazo dos negócios?
Diversidade e inclusão pressupõem inovação e novas perspectivas. Isso contribui para a manutenção da empresa a longo prazo, visto que ela contará com outros pontos de vista na elaboração do planejamento estratégico.
Empresas que promovem a inclusão são mais lucrativas
A frase acima é comprovada por estudos. Segundo a IFC, fundos de Venture Capital (capital de risco) e Private Equity (fundos privados) que contam com equidade de gênero têm desempenho 10% a 20% maior do que seus concorrentes sem tal diversidade.
Ainda, segundo um estudo do Mass Challhenge e BCG, startups comandadas por mulheres têm receita maior que empresas lideradas por homens.O resultado é semelhante à análise feita pela S&P Global Market Intelligence – a pesquisa ‘When Women Lead, Firms Win’, apontou que empresas com maior presença de mulheres em cargos C-level (diretoria) têm maior lucratividade em comparação com a média do mercado.
Diversidade em toda a cadeia de valor da empresa: colaboradores, fornecedores e demais stakeholders
O primeiro passo em uma política de diversidade é olhar para dentro de casa. Fazer um Assessment de Diversidade e Inclusão, recrutar e criar planos de carreira, e garantir que você está atuando pela inclusão plena dentro da organização.
Depois deste passo é hora de olhar para toda a cadeia de valor da empresa: fornecedores, conselho, parceiros e afins.
Então é o momento em que você:
- constrói ou revisa a política de contratação de fornecedores;
- cria metas de diversidade para tais contrações;
- planeja aumentar a representatividade de grupos minorizados nos conselhos consultivos da organização; e
- garante que todo o ecossistema em torno da empresa esteja alinhado aos seus valores.
Comitês de Diversidade
Comitês ou conselhos de diversidade são grupos formados por funcionários ou membros que de alguma forma se conectam com aquela organização, e que responsabilizam-se por acelerar o processo de diversidade na empresa. Eles se reúnem, levantam feedbacks, propõem ações e são os early adopters das atividades idealizadas pelas lideranças.
Os comitês podem ser uma ótima alternativa para você alcançar um olhar sistêmico da cadeia de valor. Afinal, ninguém melhor que os próprios funcionários, que são quem lidam com fornecedores e parceiros, para mapear os processos e fazer um diagnóstico da diversidade em suas respectivas áreas.
Adotar essa estratégia poupa tempo e engaja o time na temática da diversidade.
Diversidade nos Conselhos
Conselhos consultivos ou de administração são a esfera mais estratégica dos negócios e organizações. Entretanto, infelizmente este ainda é um espaço no qual as discussões sobre diversidade ainda têm dificuldade em chegar.
Saiba mais
Qual o cenário e como avançar com a Diversidade em Conselhos de Administração?
A consultoria Korn Ferry lançou um estudo sobre os Conselhos de Administração em 2020: em um universo de 81 empresas de destaque no país, a presença feminina era de apenas 14% no Brasil – número inferior às práticas internacionais. Na pesquisa, também identificaram que apenas 3 mulheres são presidentes de conselhos de administração. Embora seja pouco expressivo, o número de mulheres dobrou nos últimos seis anos, de 7% para 14%. O desafio ainda é grande, pois países como França e Islândia possuem 43% de participação feminina em conselhos.
Segundo um relatório do Fórum Econômico, um dos desafios apontados que mantém essa desigualdade é a sub-representação de mulheres em profissões emergentes, como engenharia, dados e inteligência artificial.
Ter um conselho plural lhe permitirá avançar mais rapidamente com a agenda de Diversidade e Inclusão dentro da sua empresa. Busque diversificar a representatividade de executivos que fazem parte do board.
Como desenvolver um olhar sistêmico para Diversidade e Sustentabilidade?
Se sustentabilidade é a união de equidade, economia e meio ambiente, desenvolver um olhar sistêmico para a pauta, portanto, significa criar planejamentos integrados. Assim, a cada pergunta levantada a resposta oferecida deve considerar os três pilares.
Por exemplo: se você observar somente os impactos ambientais, mesmo que indiretos, e a performance econômica da empresa, mas deixar de atuar pela equidade, você estará mantendo uma comunidade pouco incluída no mercado de trabalho formal. Logo, o consumo daquela região será menor e a lucratividade, por consequência, menor.
Por outro lado, se você olha para economia e equidade, mas desconsidera o meio ambiente, em algum tempo os recursos daquela região vão estar escassos ou mais caros, reduzindo assim a sua performance econômica.
Revisão dos processos de diversidade da sua empresa, fornecedores e demais stakeholders
A TREE Diversidade é uma consultoria que atua em diversas frentes de diversidade. Converse com nossa equipe e encontre a solução mais assertiva para os seus desafios.