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Pessoa com autismo: 5 passos para inclusão

Dia 2 de abril será o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, por isso a Tree Diversidade selecionou 5 passos para a inclusão da pessoa com autismo para você começar a aplicar no seu cotidiano, ambiente educacional ou corporativo.

O que é autismo?

Segundo o Hospital Israelita A. Einstein, o autismo é um transtorno de desenvolvimento grave que prejudica a capacidade de se comunicar e interagir, chamado atualmente de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Há vários graus de autismo, desde o mais leve, em que a pessoa com autismo apresenta elevadas habilidades intelectuais, ao mais severo em que podem ser não-verbais.

5 passos para a inclusão da pessoa com autismo

Reconheça o cordão

Cordão verde com girassóis amarelos

O cordão de cor verde chamativa e girassóis amarelos é utilizado por pessoas com as chamadas “deficiências invisíveis/ocultas”, ou seja, não facilmente perceptíveis pelos que estão ao redor, por exemplo pessoas com dores crônicas, asma, entre outras, inclusive a pessoa com autismo.

Sua ideia repercutiu em 2019,  quando Kim Baker, mãe de um filho autista, fez uma foto ao lado de seu marido, dentro do avião em uma viagem de família em que o menino usava o cordão. Ela explica que os funcionários dos aeroportos treinados para reconhecer os cordões dão uma atenção especial aos passageiros, como por exemplo: maior tempo de preparação para o embarque, verificações de segurança e são mais claros e específicos ao darem instruções.

Cordão com peças de quebra cabeça coloridos

Já o cordão com peças de quebra-cabeças coloridas representa o próprio símbolo do espectro do autismo.

Ao visualizar alguém utilizando um desses cordões esteja atendo às suas necessidades especiais e garanta que seus direitos sejam respeitados, evitando processos que possam ser perturbadores ou geradores de crises, como barulhos muitos altos, grande quantidade de informações visuais ou instruções, luzes ofuscantes, filas e longas esperas, protocolos de segurança rígidos em aeroportos ou em outros lugares.

Respeite o atendimento prioritário

A Lei Estadual nº 16.756, de junho de 2018, tornou a inserção do símbolo do Transtorno do Espectro Autista (TEA) na indicação de grupos preferenciais em estabelecimentos públicos e privados que disponham de atendimento prioritário, incluindo, portanto, o transporte público.

Portanto, esteja atento e respeite o adesivo com orientação sobre assentos, atendimentos e filas prioritárias sinalizadas com o laço com estampa de quebra-cabeça.

Não subestime a pessoa com autismo

Algumas práticas como falar com clareza, pausadamente e evitando figuras de linguagem podem ser essenciais para inclusão da pessoa com espectro, no entanto é preciso estar atento para não subestimar as suas habilidades e autonomia, o chamado capacitismo (preconceito em relação às pessoas com deficiência). Busque conhecer as limitações da pessoa com que você se relaciona, estimule seu desenvolvimento e habilidade sociocomunicativas.

Adaptações no ambiente

Para um melhor conforto para a pessoa com autismo, seja em um contexto educacional ou de trabalho, crie um ambiente que minimize a grande quantidade de estímulos, sejam eles visuais, de texturas, cheiros ou sons. Assim, o mais indicado é que seja um local silencioso, ou que haja a possibilidade de utilização de um fone de ouvido isolador ou minimizador de ruídos. Além disso, invista em paredes de cor neutra priorizando o conforto visual. Lâmpadas incandescente também são preferíveis ao invés das fluorescentes que piscam e podem fazer um ruído.

Pessoa com autismo e o mercado de trabalho

A inclusão da pessoa com Transtorno do espectro autista no mercado de trabalho é garantida pela mesma lei que determina a participação mínima para pessoas com deficiência. Foi a Lei 12.764, de 2012 – também conhecida como Lei Berenice Pianaque abriu as portas para o reconhecimento do Autismo dentro do rol das demais deficiências.

Segundo o IBGE, no Brasil 85% dos adultos com autismo estão fora do mercado de trabalho, em geral, a razão da baixa empregabilidade é a falta de conhecimento sobre os diversos graus do autismo e quais funções essas pessoas podem exercer. É preciso ter um olhar inclusivo e empático para cada um dos empregados para entender suas habilidades e limites. Graus mais severos do espectro podem ser dificultados em tarefas que envolvam comunicação contundente e trabalhos em grupo, mas são plenamente possíveis tarefas de caráter manual, como empacotar ou organizar. Em outros graus, atividades que envolvam lógicas matemáticas, atividades repetitivas e metódicas, que envolvam regras, padrões podem muito bem ser executadas.

Outro problema a ser enfrentado é que quase todas as vagas de PcD pedem o mínimo de escolaridade, ou seja, segundo grau completo, mas para o autista, a escolaridade não é igual, alguns mais severos não concluem nem sequer o ensino básico, mas isso não os impede de cumprir tarefas anteriormente mencionadas.

BÔNUS:

Para finalizar esse artigo, o TREE Indica é sobre a série Atypical ( 2017), que conta a história de Sam, um adolescente autista, que busca independência e autonomia, enfrentando problemas comuns a essa fase da vida como o primeiro emprego, ida para a faculdade e um relacionamento.

Personagens da série Atypical.