Em um mercado composto por investidores e consumidores que valorizam cada vez mais organizações preocupadas com questões sociais, ter uma boa gestão da diversidade e inclusão (D&I) é um importante diferencial. E não se trata apenas de uma questão de imagem, mas de benefícios concretos para os negócios.
No entanto, para isso, não basta somente pensar em termos de representatividade. Trazer a diversidade para a empresa é o ponto de partida, mas é preciso ir além e ser de fato inclusivo para, assim, garantir a construção de um ambiente de respeito e com oportunidades iguais de crescimento.
É por isso que se fala em D&I, pois é preciso combinar esses dois elementos de forma estratégica. Como? Por meio da implantação de uma gestão de diversidade e inclusão abrangente, consistente, eficiente e permanente.
Por que as empresas devem priorizar a gestão da diversidade e inclusão
Muitas empresas de diferentes portes e segmentos já vêm implementando programas desse tipo, tanto a nível internacional quanto nacional. Logo, as razões pelas quais é preciso investir na gestão da diversidade e inclusão estão cada vez mais evidentes e difundidas.
Contribuição para importante mudança social
O investimento em D&I por parte das organizações tem um papel fundamental para a mudança do atual mercado de trabalho e para a transformação social e econômica que tanto precisamos.
A empregabilidade e a oportunidade de desenvolvimento profissional no cenário desigual no qual vivemos representa aumento de renda, acesso a direitos trabalhistas e possibilidade de ascensão social.
Benefícios para os negócios
No contexto atual, é impossível sobreviver sem inovar e cada vez mais estudos vêm mostrando que uma cultura corporativa inclusiva é um dos segredos para maior inovação e crescimento. De acordo com o levantamento Getting do Equal 2020, realizado pela Accenture, a mentalidade de inovação dos colaboradores é seis vezes maior em ambientes de trabalho que oferecem oportunidades iguais de desenvolvimento profissional.
Ainda, a mesma pesquisa também constatou que empresas que têm uma boa gestão da diversidade e inclusão atraem mais talentos. Isso porque os trabalhadores de hoje se preocupam cada vez mais com a cultura do local de trabalho: 79% das mulheres entrevistadas e 65% dos homens acreditam que esse é um fator fundamental para que possam prosperar na organização.
Além disso, o estudo da Accenture também mostrou que a maioria dos líderes (63%) acredita que uma cultura inclusiva é vital para o sucesso dos negócios. Constatação semelhante foi feita também por uma pesquisa realizada pela McKinsey a nível mundial: companhias que contam com equipes diversas em termos de gênero, raça e etnia apresentam uma performance financeira melhor do que a concorrência.
Alinhamento com princípios ESG
Nos últimos anos, a sigla ESG se tornou ainda mais presente no mercado financeiro e no mundo dos negócios e, definitivamente, veio para ficar. Ela se refere a critérios de análise utilizados em um modelo de investimento cada vez mais usado, que avalia a sustentabilidade, o nível de governança corporativa e o impacto social de um determinado negócio.
Os seus pilares são as questões ambientais (E – Environmental), sociais (S – Social) e de governança (G – Governance). Dentro das letras S e G da sigla, está incluída a gestão da diversidade e inclusão. Ou seja, trata-se de um fator fundamental para que a empresa tenha uma agenda alinhada a princípios considerados cruciais pelos investidores e que, além disso, representam uma grande vantagem competitiva.
Como fazer uma boa gestão da diversidade e inclusão
Portanto, negligenciar a D&I não é nem um pouco benéfico para os negócios. Por essa razão, abaixo listamos algumas dicas para que a organização faça uma gestão da diversidade e inclusão eficiente, garantindo o importante impacto positivo que esse investimento pode trazer às empresas.
Implementar programas organizados e políticas práticas
Em primeiro lugar, é essencial ter em mente que agir de modo estratégico nesse sentido requer um diagnóstico do atual cenário de D&I na empresa e a elaboração de um plano de ação.
Por isso, é muito importante contar com o auxílio de parceiros especializados, que podem fazer essa avaliação e ajudar na construção de um planejamento para implementação de programas e políticas direcionadas, conforme a realidade da organização.
Incluir ações voltadas a diferentes grupos
Quando falamos em gestão da diversidade e inclusão, outro ponto essencial a ser observado é que precisamos olhar para os diferentes grupos minorizados e suas especificidades e necessidades. Por isso, compreender o panorama da corporação é um importante passo inicial antes de partir para a ação concreta.
Entre os grupos que precisam ser considerados estão as pessoas com deficiência, as mulheres, as pessoas negras, a comunidade LGBTQI+, os maiores de 60 anos, além dos refugiados e indígenas. Para trabalhar para inclusão com cada um deles, será necessário utilizar ferramentas diferentes e adequadas a cada situação.
Ter constância na gestão da diversidade e inclusão
Continuidade é uma dos pontos-chave de uma boa gestão da diversidade e inclusão. Não é possível realizar grandes mudanças sem um programa que tenha constância ou apenas com medidas isoladas e pontuais.
Sendo assim, além de pensar em ações especiais para datas importantes para diferentes grupos — como o Dia Internacional da Mulher, o Mês do Orgulho LGBTQI+ ou o Dia da Consciência Negra, por exemplo —, será preciso definir uma agenda regular. Somente dessa forma será possível transformar de fato a cultura da organização.
Focar na educação corporativa
Nesse sentido, um dos principais focos da gestão da diversidade e inclusão deve ser, sem dúvida, informar e sensibilizar por meio da educação corporativa. Para isso, você pode promover cursos, capacitações, workshops, palestras e treinamentos sobre diferentes temas referentes à D&I. Confira alguns exemplos:
- Vieses inconscientes;
- Racismo e inclusão étnico-racial;
- Inclusão LGTBQI+;
- Empregabilidade de pessoas com deficiência;
- Comunicação não-violenta;
- Comportamentos não mais tolerados;
- Equidade de gênero;
- Linguagem inclusiva para comunicação e marketing;
- Liderança inclusiva e transformadora.
Promover o desenvolvimento de lideranças diversas
Como parte de uma boa gestão da D&I também está o foco em promover o desenvolvimento de alguns grupos de profissionais a fim de impulsionar o seu crescimento dentro da organização. Nesse sentido, pode-se pensar em diferentes ações, como as atividades que são oferecidas pela TREE:
- Programas de desenvolvimento para talentos negros;
- Trilhas de desenvolvimento para pessoas de minorias e/ou grupos de maior vulnerabilidade social;
- Programas de desenvolvimento de lideranças femininas;
- Mentorias, coaching executivo e sponsorships.
Acompanhar os resultados da gestão da diversidade e inclusão
Por fim, os KPIs (Key Performance Indicators — Indicadores-Chave de Performance, em português) são, atualmente, utilizados nos mais diferentes âmbitos, e existem também ferramentas aplicáveis para o monitoramento de ações relativas à promoção da D&I nas empresas.
Nesse sentido, o Censo de Diversidade é um recurso que permite avaliar se as medidas estão funcionando e, se necessário, indicar caminhos para preencher lacunas e ajustar eventuais falhas. Na TREE, esse censo é chamado de Assessment de Diversidade e Inclusão e, além de acompanhar a representatividade, também analisa a cultura inclusiva da empresa.
Esse mapeamento utiliza diferentes metodologias e possibilita reconhecer os pontos importantes a serem trabalhados. Seguir esses resultados de perto é crucial para construir programas mais assertivos e fazer uma gestão eficaz da diversidade e inclusão na sua organização.
Deseja saber mais informações sobre o Assessment de Diversidade e Inclusão? Vamos conversar!