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Entenda a diferença entre diversidade e inclusão

Você sabe qual é a diferença entre diversidade e inclusão? As duas palavras costumam aparecer sempre juntas, o que causa, muitas vezes, uma certa confusão. A verdade é que cada uma remete a um conceito diferente. Contudo, de fato, elas não podem andar separadas, pois são complementares.

Formar equipes diversas e criar ambientes acolhedores para recebê-las tem sido uma preocupação constante de empresas comprometidas em participar de uma mudança social necessária. É importante, porém, antes de iniciar processos desse tipo dentro da organização, que líderes e profissionais de Recursos Humanos estejam munidos de conhecimento adequado.

O ponto de partida nesse sentido é, sem dúvida, entender os conceitos e a diferença entre diversidade e inclusão. Com base nesse entendimento, é possível trabalhar para construir ambientes diversos e, também, inclusivos, o que é ideal para criar oportunidades iguais e fazer realmente a diferença. Então, vamos lá?

Diferença entre diversidade e inclusão

Compreender a diferença entre diversidade e inclusão é fundamental porque, em geral, costumamos ter noções superficiais sobre o conteúdo de cada uma dessas concepções.

Embora, felizmente, esse tema esteja cada vez mais presente no dia a dia, também dentro das corporações, ainda precisamos lançar luz sobre algumas questões. Acredite, elas servirão de guia para que você comece a traçar um caminho com passos e ações concretas e efetivas no seu ambiente de trabalho.

Portanto, para entender a diferença entre diversidade e inclusão, começaremos aprofundando os conceitos de cada um dos termos.

O que é diversidade?

Você já parou para pensar em como é diferente das pessoas que estão ao seu redor — e como elas são diferentes entre si também? Todos somos diversos, pois temos identidades diferentes e características próprias.

Entretanto, ao se falar sobre diversidade, é comum conectá-la somente a fatores demográficos, quando, na verdade, ela se refere a muito mais do que isso. Diversidade é a pluralidade dos indivíduos em termos de diferenças culturais, de identidade e de experiência.

Isso quer dizer que podemos pensar na diversidade que nos compõe como um iceberg, ou seja, aquilo que está evidente é apenas uma pontinha de um todo bem maior. Assim acontece com as pessoas: conseguimos ver alguns pontos mais aparentes, mas não temos acesso direto ao que está abaixo no oceano. A diversidade é também sobre isso, sobre o que está, de alguma forma, escondido.

Ao conhecer alguém superficialmente, não sabemos, por exemplo, quais são as suas crenças, os seus gostos ou como é a sua estrutura familiar — e essas também são diversidades que nos formam e nos diferenciam uns dos outros.

Existe, então, mais de um tipo de diversidade?

Para entender o que significa diversidade, a vice-reitora de Ética, Diversidade e Inclusão da ie University, Celia de Anca, e o professor da mesma instituição, Salvador Aragón, realizaram um estudo com 180 gestores espanhóis.

A pesquisa intitulada The three types of diversity that shape our identities (Os três tipos de diversidade que moldam nossas identidades, em tradução livre) foi publicada na Harvard Business Review. Como já revela o título do artigo, os seus autores encontraram diversidades para além daquelas que costumamos elencar.

Segundo eles, aquela mais lembrada, a diversidade demográfica, está relacionada a nossa identidade de origem. Isto é, às características que nos classificam ao nascer. Como exemplo, podemos citar sexo, raça, etnia e geração.

No entanto, há também outros tipos, e uma delas é a diversidade cognitiva — que se refere à forma como cada um de nós lida com problemas e reflete sobre situações. E, por fim, a diversidade experiencial — que é baseada nas experiências de vida que moldam o nosso emocional. Logo, esta última se refere a afinidades, hobbies e habilidades, por exemplo.

O que é inclusão?

E a inclusão, o que é e qual a diferença e a relação dela com a diversidade? Inclusão diz respeito ao ato de criar um ambiente no qual as pessoas diversas possam pertencer e prosperar.

No mercado de trabalho, ser inclusivo significa criar estratégias para acolher as diversidades e garantir que os profissionais diversos tenham oportunidades iguais de crescimento e um ambiente seguro dentro da empresa. A pergunta agora é: de que forma fazer isso?

Quais as características de um ambiente inclusivo?

A inclusão está relacionada à promoção de três atitudes. Em um ambiente inclusivo, as pessoas devem ser esperadas, refletidas e respeitadas. Vamos explicar, começando com um exemplo do primeiro ponto: uma mulher não será incluída se, ao chegar para assumir um cargo executivo, encontrar no andar da diretoria apenas banheiros masculinos. Nesse contexto, uma mulher não era esperada e, portanto, não há inclusão.

Da mesma forma, as pessoas devem ser refletidas no ambiente em que trabalham. Isso significa que ele deve estar, efetivamente, de acordo com as necessidades e com a realidade desses profissionais. Por exemplo, há condições de locomoção para pessoas com deficiência ou, ainda, utiliza-se uma linguagem neutra na qual um indivíduo não binário se reconhece?

Por fim, para haver inclusão, é preciso, evidentemente, existir respeito – o que diz respeito também à pessoa de fato ser ouvida, com suas opiniões sendo levados em conta. Contudo, vale destacar que não estamos falando de respeito a nível individual, mas, em uma esfera muito mais ampla. Com isso, queremos dizer que não se trata apenas de você, como gestor ou colega, tratar uma pessoa de forma respeitosa, mas da empresa, como um todo, pautar as suas ações no respeito à diversidade.

Qual é a diferença entre diversidade e inclusão na prática?

Podemos perceber, portanto, que, enquanto a diversidade tem a ver com representatividade, a inclusão está ligada à instauração de uma mudança de cultura e comportamento em relação às pessoas diversas.

Com isso entendemos que a diferença entre diversidade e inclusão também reflete em uma diferença entre ambientes diversos e ambientes inclusivos — e a importância e necessidade de combinar os dois.

No primeiro, os indivíduos diversos têm somente representatividade, mas no segundo eles são incluídos e podem, assim, encontrar as mesmas chances de desenvolvimento e promoção que todos os outros. É por isso que não podemos, nunca, desassociar diversidade e inclusão. Pois é a combinação das duas que nos permite participar, de fato, da construção de uma sociedade — e de um mercado de trabalho — mais justa.