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Afrofuturismo: a potência negra no mundo do trabalho e na cultura

O Afrofuturismo chegou ao grande público! Filmes como Pantera Negra (2018) e Black Is King (2020), além de álbuns como Afrofuturo (2018), de Ellen Oléria, e Dirty Computer (2018), de Janelle Monáe, alcançaram o mainstream e potencializaram a discussão sobre Afrofuturismo.

Iremos mergulhar no tema a partir de diferentes óticas nesta edição da Plural.

Um novo futuro!

Segundo Fábio Kabral, Afrofuturismo é o “movimento de recriar o passado, transformar o presente e projetar um novo futuro através da nossa própria ótica. A mescla entre mitologias e tradições africanas com narrativas de fantasia e ficção científica, com o necessário protagonismo de personagens e autores negras e negros.”

Revisitar o passado para transformar o presente e criar um novo futuro. Parece simples, porém essa mudança de paradigma é essencial para as discussões sobre o protagonismo de pessoas negras na sociedade.

As discussões sobre Afrofuturismo vão além da cultura e da estética, é um movimento social, político, afrodiaspórico, que passa também pelas discussões de sobre afroempreendedorismo e mercado de trabalho.

Afroempreendedorismo

14 milhões de empreendedores no Brasil são negros – 51% do total. Um mercado que movimenta anualmente cerca R$ 1,7 trilhão de reais.

Apesar da maioria possuir ensino superior ou pós-graduação (61,9%), apenas 15,8% desses empreendedores possuem renda familiar acima de 6 salários mínimos (R$ 6.600), o que coloca a necessidade financeira como o principal motivo para a abertura de novos negócios.

As empresas de empreendedores negros são, em sua grande maioria, pequenas.
63,2% possuem apenas 1 funcionário – o empreendedor. 25,7% possuem entre 2 e 3 colaboradores; 9,4% contam com até 10 funcionários; e apenas 0,4% contam com mais de 50 colaboradores.

Um ponto importante sinalizado pela pesquisa, é que grande parte das ideias de empreender vieram de uma dor ligada à questão racial. É o que diz Zarah Flor, fundadora da Zarah Flor Estética e Laser.

Trabalhei sozinha até 2018, quando comecei a contratar e expandir. Eu trabalhava com laser e sempre via como as mulheres negras eram mal atendidas nas clínicas e como o laser queimava a nossa pele, porque ninguém tinha se dedicado a criar um método que nos atendesse. Decidi desenvolver meus próprios protocolos, pois não existia.

Mercado de trabalho

Segundo o último levantamento do IBGE, as pessoas negras eram maioria em atividades braçais como cultivo de mandioca (85,9%), trabalhos do lar (64,7%) e construção civil (63,9%). E minoria em áreas de maior qualificação acadêmica, como informática (31%), arquitetura e engenharia (26,9%) e em cargos de gestão empresarial (23,6%).

Essa desigualdade é histórica. Para entender as causas do problema, Verônica Vassalo, consultora de Diversidade e Inclusão da TREE, conversou com o Professor Doutor Ramatis Jacino sobre sobre sua pesquisa “O Branqueamento do Trabalho no Pós-Abolição”Confira.

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Você pode ir além do Mês da Consciência Negra.

Com o Combo da Diversidade você leva para sua organização:
1. palestras online com especialistas em Diversidade e representantes dos respectivos grupos minorizados;
2. Píluas de conteúdos em vários formatos (vídeos, textos e infográficos, quizzes e outros) para você compartilhar com a equipe e promover a sensibilização durante todo o mês;
3. Kit com template de imagens, no qual basta você alterar as informações principais, como dia e horário, e enviar ao time.

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