Duas mulheres lideram as principais empresas de capital aberto do País, enquanto apenas três comandam seus respectivos conselhos de administração.
As posições são ocupadas pelas líderes Cristina Betts, da Iguatemi; e Jeane Tsutsui, do Grupo Fleury. E as presidentes de conselhos, Iêda Aparecida de Moura Cagni, do Banco do Brasil; Luiza Helena Trajano, do Magalu; e Ana Maria Marcondes Penido Sant’Anna, da CCR.
Na prática, elas representam 2,3% e 3,4% dessas posições nas 87 empresas que fazem parte do Ibovespa. E o número não é muito diferente quanto à participação geral feminina. Segundo o mesmo levantamento do Estadao, a participação de mulheres na diretoria executiva é de 13,8%, enquanto nos conselhos de administração é de 16,4%.
A média é muito baixa, principalmente quando comparamos com outras empresas que fazem parte do Índice. A Totvs, por exemplo, conta com 43% de participação feminina no seu conselho de administração; já a Iguatei, conta com 60% de participação feminina em sua diretoria.
Ou seja, é possível fazer diferente. Existem pesquisas, benchmarks e boas práticas que comprovam isso. Entretanto, essa realidade não vai mudar enquanto as organizações não adotarem uma cultura inclusiva como estratégia de negócio.
Falo mais sobre o tema em minha dissertação de mestrado da FGV.