Já falamos sobre saúde mental nas organizações por aqui. O diagnóstico não é positivo: 9,3% da população luta diariamente contra algum tipo de transtorno ligado à ansiedade. Ainda, nove em cada dez brasileiros que estão no mercado de trabalho apresentam algum sintoma de ansiedade, com 47% destes apresentando algum nível de depressão.
O desafio da saúde mental é uma realidade para todos os setores, inclusive para o de DE&I (Diversidade, Equidade e Inclusão).
Para entender os desafios desses profissionais e contribuir para um ecossistema mais saudável, a TREE realizou em 2021 a pesquisa inédita ‘Como anda a saúde mental dos profissionais de Diversidade?’.
A pesquisa
É comum escutarmos em nossas formações e treinamentos que ao começar a trabalhar com diversidade, os profissionais acabam se deparando com questões pessoais que podem abalar seu lado emocional.
Além disso, por ser uma carreira nova, com processos e conhecimentos ainda em construção, os desafios são ainda mais complexos, o que pode gerar episódios de ansiedade.
Nesse sentido, a pesquisa surgiu para trazer essas respostas e fomentar reflexões sobre como tornar o mercado de DE&I emocionalmente mais saudável.
O levantamento atuou em três frentes:
1. O perfil social (raça/cor, gênero, sexualidade, deficiência, escolaridade e geração);
2. O tipo de atuação profissional na área de DE&I;
3. A saúde mental destes profissionais.
Acesse o relatório completo com os resultados da pesquisa
Confira na íntegra os resultados da pesquisa.
Quem são os profissionais que atuam com Diversidade, Equidade e Inclusão no Brasil?
Esta seção buscou entender o perfil social destes profissionais. Isto é, raça/cor, gênero, sexualidade, deficiência, escolaridade e geração. Confira os resultados no infográfico abaixo.
O jovem mercado de trabalho em DE&I no Brasil
Quando perguntamos às pessoas entrevistadas sobre o tipo de cargo que ocupavam dentro de suas respectivas organizações, percebemos um acúmulo de funções e um número expressivo de pessoas que não atuam na função, mas que estão presentes nos comitês e grupos de afinidades, construindo ações de DE&I.
Quando perguntamos especificamente o cargo das pessoas entrevistadas, chegamos ao seguinte resultado:
- alta liderança (13,8%);
- média liderança (42,4%);
- analista ou assistente (33,7%);
- operacional (5,4%);
- aprendiz ou estagiário (4,7%).
Isto nos faz concluir que a maior parte dos profissionais estão em início de carreira ou de gestão, o que mostra um grande potencial de mercado para cursos, especializações e conteúdos de formação.
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Tempo de trabalho com DE&I
DE&I ainda é uma área nova para muitos profissionais. Como não existem graduações ou formações acadêmicas na área, grande parte dos profissionais migram de outras áreas.
Diante disso, perguntamos aos entrevistados o tempo que atuam na área. Notamos uma grande quantidade de pessoas que entraram na área recentemente, o que mostra um pouco da maturidade deste mercado.
Confira o panorama das respostas.
- entre 1 e 3 anos (40,2%);
- menos de 1 ano (22,1%);
- não trabalham com DE&I (13,4%);
- mais de 6 anos (13%);
- entre 4 e 6 anos (11,2%).
Saúde mental dos profissionais de Diversidade
Agora chegamos ao tópico principal da pesquisa. Quando perguntamos a opinião dos profissionais de DE&I sobre a frase “tenho um bom equilíbrio entre vida pessoal
e profissional”, que diz muito sobre saúde mental, chegamos aos seguintes resultados:
- concordância de 48,1% (39,8% + 8,3%);
- discordância de 35,7% (26,6% + 9,1%);
- incerteza (9,1% afirmaram “não concordar nem discordar”).
A pesquisa vai além e pergunta sobre a piora da saúde mental em decorrência da atuação em DE&I. 34,4% dos respondentes sinalizaram que concordam com a afirmação.
O percentual comprova a premissa que citamos no começo do texto: as pessoas veem sua saúde mental se debilitar em decorrência da atuação em DE&I. Logo, há espaço para que as empresas desenvolvam políticas específicas para este profissional.
Percepções de escuta, respeito e integração
Esta pergunta nos ajuda a observar a percepção de outras áreas do negócio sobre a atuação de DE&I da organização, o que contribui para um emocional saudável.
Respeito
Com base na afirmativa “me sinto respeitado”, os resultados sugerem concordância de 73% (52,3% + 20,7%) e discordância de 7,7% (7,7% + 0%), ao passo que 19,4% das pessoas responderam “às vezes”.
Escuta
Com base na afirmativa “minha opinião é levada em conta”, os resultados sugerem concordância de 70,3% (52,7% + 17,6%) e discordância de 8,2% (7,7% + 0,5%), ao passo que 21,6% das pessoas responderam “às vezes”.
Integração
Com base na afirmativa “sou valorizado enquanto parte do time”, os resultados sugerem concordância de 77,5% (41% + 36,5%) e discordância de 8,1% (7,2% + 0,9%), ao passo que 14,4% das pessoas responderam “às vezes”.
Principais desafios de quem atua com Diversidade, Equidade e Inclusão
Para encerrar a pesquisa, perguntamos quais são os principais desafios de saúde mental que a pessoa relaciona à sua atuação em DE&I.
A nuvem de palavras abaixo traduz os desafios mais citados.
Acesse a pesquisa na íntegra e confira um panorama do mercado de DE&I no Brasil.